Mudanças acontecem e são necessárias
Essa semana minha sogra ficou ajudando o pai a cuidar da minha joia enquanto eu tava no trabalho. Vendo a versão 8 meses dele, ela se assustou com o escâdalo pra trocar uma fralda (essas atualizações de software são muito falhas), parece que tem alguém matando, mas é só um algodão na bunda mesmo. Ela lançou a pérola do distanciamento e conhecimento com base zero convivência "mas ele não era assim" hahahaha Aiai, minha senhora dona sogra, ele não era, mas agora é. Bom, está sendo. Quando não chora com sofrimento, escândalo e lágrimas, ele se contorce completamente dificultando (e muito) a troca de fralda ou roupa. Esse oitavo mês tem sido marcado por resmungos, Tem dia que ele resmunga o dia inteiro. O dia inteiro. Tem dias que é enlouquecedor. Só para pra comer. E como come! (algo inimaginável há 2 meses quando iniciamos a introdução alimentar)
O ponto é: o bebê muda numa velocidade absurda (e maravilhosa, supreendente, encantadora, chocante, triste, frustrante - dependendo da mudança). E nós, neuróticos que somos, amantes do conhecido e da segurança da certeza, categorizadores em caixinhas economizadoras de energia, sábios sem causa, fixados no conhecido, podemos ter certa dificuldade em lidar com essas mudanças.
O quanto de rigidez carregamos até hj pq um dia fomos ou fizemos algo? O quanto ficamos presos num rótulo, num julgamento (do outro) sem sentido?
Precisamos atualizar. Sempre. Claro que não na velocidade de um bebê, mas a mudança é possível e faz parte da vida. Crescer é do humano. Parar de crescer é morrer, ficar preso em coisas/lugares/comportamentos insatisfatórios. Não tem nada pior do que morrer em vida.
Então, que mudemos, pro choque de avós e afins.
(Esse post começou com a intenção de refletir sobre os palpites dos outros sobre nossos filhos e sobre esse oitavo mês desfiador, mas apareceu um padre aqui na sala de espera que eu tô, e fiquei mais existencial. Mudei🤷♀️🙈🤣)
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